O ex-astronauta brasileiro Marcos César Pontes, de 43 anos, resolveu fincar os pés na terra, mais precisamente no interior de São Paulo, na cidade de Bauru. Sua antiga vida de testes e treinamentos para ir ao espaço foram estafantes. Agora o major aviador se tornou um pacato quitandeiro. “Foi mais um sonho que realizei, quando menino queria, além de ser astronauta, ser quitandeiro, e vender para os meus vizinhos no caderninho”, confessa o feliz ex-homem do espaço, que tem colado na parede de seu estabelecimento um cartaz clássico: fiado é que nem barba, se não corta, cresce.
A carreira de coronel e astronauta ficou de lado, como um cometa que cruza o espaço em velocidade estrondosa. E foi nessa mesma velocidade que seu sucesso sumiu. Hoje, mais maduro, o quitandeiro confessa: “Me senti muito mal com a história dos feijões, sabe. O povo brasileiro morrendo de fome, e eu fazendo uma experiência ridícula no espaço com feijões, por milhões de dólares ainda por cima”.
Depois de superado o tempo de depressão, o mais novo quitandeiro do pedaço, nomeou seu armazém, de uma forma curiosa: Mini Mercado Feijão Espacial. “Foi uma maneira que meu psiquiatra impôs para meu tratamento, todo dia leio o letreiro e penso o quanto fui um paspalho, e como sou feliz hoje”, completa.
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