Quando o general Ernesto Geisel, na época da ditadura militar, chegava em casa, servia seu uísque e ia pra frente da Tv, ele sentia que as coisas no Brasil iam bem. Sentia orgulho. Pois no Jornal Nacional enquanto as notícias internacionais davam conta de um mundo louco e insano, as mesmas notícias do Brasil mostravam um país próspero e belo. Uma pátria amada, idolatrada.
Era ditadura militar...
Mas, durante a Copa do Mundo desse ano, percebi que ninguém morreu, ninguém roubou e não houve escândalo algum no país, que até ontem estava em situação de caos e calamidade pública. Claro, tudo pela ótica do nosso tradicional Jornal Nacional. O mesmo que, anos atrás, encantou o general Geisel.
E não estamos em ditadura militar...
Agora que a Copa acabou (para nós), ligo a Tv com a intenção de assistir ao elegante e sério William Bonner (com sua tradicional mechinha alá Chimbinha do Calypso) e percebo, logo de cara, que as pessoas voltaram a se matar e a roubar umas das outras. Ah, e tem até escândalo no planalto.
Quando me falam em manipulação tento não acreditar, afinal não temos mais ditadura para nos censurar. Inocente, eu? Imagina... Mas fico com uma pulga atrás da orelha: ou os bandidos e ladrões deram um tempo para assistir aos jogos, ou a Copa do Mundo realmente une as pessoas em prol da paz e da harmonia.
PS: como diria meu avô: "não só o país, mas até a seleção da época da ditadura era melhor!" Será?
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