Ao saber que uma nova marca de cigarros estava chegando no mercado, a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) imediatamente acionou seus advogados e entrou com um processo judicial contra a empresa de tabaco Souza Cruz, para impedir que a mesma produzisse o Derby Mentol, cigarro de menta de filtro branco.
O novo Derby, na verdade, nem tinha chegado até seus futuros clientes. Ele estava prestes a ser distribuído, quando foi impedido, numa primeira instância, de ser comercializado. A AACD alegou que o produto traria malefícios à imagem dos portadores de deficiência mental, vulgarmente conhecidos como débeis mentais.
A Souza Cruz rebateu dizendo que os cigarros, por si só, já fazem mal à saúde o bastante, e que a imagem de quem fuma está cada vez mais em baixa em nossa sociedade careta. A empresa também disse, pelos seus advogados, que já existem muitas organizações contra os cigarros e os fumantes.
“Poxa, se os deficientes se voltarem contra os cigarros, daí sim, poderá ser o fim das empresas de tabaco. Os deficientes tem uma imagem forte, digo... Sem preconceito! Aliás, o cigarro é democrático e os deficientes mentais ou não, maiores de 18 anos, podem fumar se quiserem. Isso é bom frisar: nós da Souza Cruz não temos preconceito!”, declarou o advogado Adamastor Bustamante, representante da Bustamante & Filhos Associados, que cuida do caso.
Os representantes legais da AACD apenas se limitaram a responder às questões relativas ao nome do possível produto. Em nota afirmaram que nada tem contra empresa e, sim, contra o nome Derby Mentol tão somente.